Resenha: Nerve - Um jogo sem regras
- Leila Vasques
- 15 de set. de 2016
- 2 min de leitura

Ainda sem atualizar minha lista de leitura, resolvi trazer para vocês mais um filme babado lançado recentemente. Nerve é um daqueles filmes em que você depois de assistir para e pensa: “e se fosse verdade...?” Isso porque o filme é baseado em uma realidade virtual que já temos hoje em dia: transmissões de vídeo online, em tempo real, ao vivo, para qualquer lugar do mundo.
Nerve é um jogo online que possui duas vertentes: jogador e observador. Os observadores pagam uma pequena tarifa para se conectar ao jogo e são aqueles que além de assistir, votam nos próximos desafios a serem feitos pelos jogadores que eles seguem. Os jogadores por sua vez, são a ação do jogo. Cumprem os desafios que lhes forem dados, registram a ação e ganham uma quantia em dinheiro por cada desafio completo.
No filme, a personagem Vee (interpretada por Emma Roberts) é uma garota comum, mas um tanto quanto tímida e reclusa, de poucos amigos, tendo que enfrentar a recente morte do irmão mais velho e a novidade de escolher uma faculdade. Pressionada por sua melhor amiga (destemida, popular, bonita e jogadora do Nerve!), resolve sair da sua bolha e zona de conforto, e provar que pode ser mais do que pensam dela, e assim resolve participar do Nerve, mas como jogadora.
Todo o roteiro da trama nos mostra o quanto somos vulneráveis e pequenos quando se trata da internet. No momento em que a Vee escolhe ser jogadora, todas suas informações já compartilhadas na internet (medos, inseguranças, filmes, músicas, momentos felizes, fotos e até conta bancária) são compiladas para seu perfil do jogo e usadas pelos organizadores como base para as escolhas dos próximos desafios dados à ela. Isso faz com que aos poucos os observadores queiram mais dela, fazendo que com que seus desafios sejam cada vez mais difíceis e perigosos, e que envolvam outras pessoas.
O filme ganhou pontos a todo tempo enquanto o assistia: trilha sonora, bons atores, cenas de ação, romance, briga, e efeitos especiais que faziam com que eu me sentisse dentro do filme, a ponto de querer dar palpites e participar do jogo! O filme é divertido como um todo, porém deixou a desejar no fim. Deixou a sensação que alguma coisa faltou ser contada, que faltou alguma cena que faria com que o desfecho fosse compreendido melhor. Porém, ainda que o final tivesse deixado a sensação de “vazio”, não fez com que o todo fosse ruim. Vale a pena assistir, tanto que deixa um gostinho de quero mais, pois todo o filme só dura 1h30min! Confira o trailer aqui e me diga: você é um observador ou um jogador?
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