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Resenha: Cidades de Papel

  • Leila Vasques
  • 29 de set. de 2016
  • 3 min de leitura

Foto: Divulgação

Visitando recentemente minha página do Skoob, descubro que já faz um tempinho desde que escrevi a minha primeira resenha da vida! Há pouco mais de um ano, terminei a leitura de Cidades de Papel, que foi também o último livro que li quase devorando. Vergonhoso admitir que eu, mesmo amando tanto o hábito de ler, tenho me demorado e adiado tantos livros bons, loucos para ser folheados. Porém, prometo a mim mesmo que a antiga Leila volta já! Sem mais delongas, trouxe pra vocês a resenha que fiz sobre esse livro explicando a minha experiência de leitura e a lição de vida que aprendi com ele. Espero que gostem!


*AVISO DE SPOILER*


Depois de terminar a leitura desse livro me senti tentada a escrever minha resenha sobre ele (a primeira da minha vida, devo avisar), pois como o título diz, estou entre a certeza e dúvida sobre ele. Tentarei ser breve e resumir: gostei e não gostei. A leitura como um todo é muito boa, acho difícil não gostar da escrita do Green, e o ponto alto pra mim nesse livro foi a comédia. Só Deus sabe o quanto segurei o riso pra não parecer ser louca na frente das pessoas, pois há diálogos que é impossível pelo menos não sorrir! Toda a energia jovem do fim do colegial, algo muito próximo ao que vivemos, mesmo se tratando de culturas diferentes. Parece que Green é um eterno jovem que sabe bem como retratar esse estágio de nossa vida. Foi aquele tipo de livro que conseguiu prender minha atenção do início ao... Espera. Do início até "quase" o final. Margo, uma garota muito da rebelde, faz umas bagunças com seu melhor amigo de infância (e não tão amigo atualmente) Quentin, e decide ir embora no dia seguinte, deixando para ele algumas pistas de seu paradeiro. Gosto de pensar nessas pistas como se Margo proporcionasse a Quentin uma aventura para sua vida sempre tão tranquila, como quem diz "ei, levanta daí e se diverte um pouco! estamos quase no fim do colégio e você precisa cometer algumas bobagens!" E essa caça à Margo realmente trouxe à ele e seus amigos uma aventura e tanto (vale ressaltar que achei Q um pouco fixado demais na procura, quase como um louco, mas ok, vamos deletar isso) e até aí tive a certeza que gostei do livro. A dúvida, no entanto, surge nas últimas páginas, mas precisamente quando Q e seus amigos acham a Margo. Um frase dita por um dos amigos de Q define bem: "- Eu não sabia quem você era até conhecê-la pelas pistas que deixou - diz ele. - Gosto mais das pistas do que de você.", e assim foi. Margo era legal e enigmática antes de ser encontrada e o fim do livro me deixou com a sensação de que aquele não era o fim, que tinha alguma coisa errada. Margo me pareceu realmente indiferente sobre tudo que eles passaram em sua procura, e nem prefiro comentar sobre o fim dela: continuar vagando por aí, sozinha. Porquê não, Green? Porque Margo não poderia voltar com Quentin, Ben, Lacey e Radar, e tentar uma vida diferente? Porque Margo era Margo. E não poderia ser mais ninguém além dela, assim como cada um tinha sua vida, suas expectativas e desejos e optaram por voltar ao que eram antes. E é essa mensagem que eu prefiro guardar do livro. Green me mostrou que não podemos ser o outro. Apenas podemos nos colocar no lugar deles e compreendê-los. Cada um tem suas alegrias e angústias que precisam ser vividas e cabe a nós aceitar. Pensando assim, o amor de Margo e Quentin se tornou muito doce pra mim, um aceitando o outro e deixando viver ao seu modo de ser. Em suma, fiquei entre a certeza e a dúvida mesmo, mas não deixaria de recomendar esse livro para as pessoas. A leitura vale muito à pena. Tanto que não sei explicar como consegui terminá-lo em exatas 5 horas!

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