Resenha: Passageiros
- Leila Vasques
- 30 de mai. de 2017
- 2 min de leitura

O filme de hoje me deixou curiosa desde a primeira vez que vi seu trailer. Sou amante da astrologia e tenho uma quedinha por ficção científica espacial – juntando isso pela minha quedinha por romance faz com que “Passageiros” seja uma história ideal para mim.
Um desabafo:
O meu lema sobre ir ao cinema vocês já sabem e seria algo como: “não se prenda a realidade e apenas curta”. Deve ser por esse motivo que gosto da grande maioria dos filmes que assisto, independente do gênero. Não me prendo ao fato de que eles tenham que ser retrato exato da nossa realidade, buscando a todo o tempo procurar detalhes que remetem a isso. Li resenhas críticas sobre o filme e encontrei algumas opiniões negativas por conta dessa necessidade de realismo, o que me deixou bastante chateada. Porém, uma resposta me aliviou: “esse é um filme pipoca”. Aprendi hoje, então, que filme pipoca é aquele para você se jogar no sofá e apenas curtir, sem muita pretensão de retirar dele uma mensagem que lhe emocione profundamente. Decidi que Passageiros é exatamente assim, então vamos ao que sabemos melhor fazer aqui: resenha descritiva (com uma leve pitada de “assista que vale a pena”)!
O que você faria se fosse o único que acordasse no meio de uma viagem espacial, que ainda duraria uma vida inteira para ser completada?
Uma espaçonave é lançada ao espaço, levando consigo mais de 5.000 pessoas com o objetivo de povoar o recém descoberto planeta Homestead II, que possui uma composição química semelhante à da Terra, capaz de ser habitado. Toda a viagem demoraria 120 anos para ser completada e seus passageiros acordariam de sua incubação apenas 4 meses antes de pousar no seu novo solo. Quer mais números? Durante uma tempestade espacial, a nave é atingida por meteoros, danificando consideravelmente alguns de seus sistemas, motivo que faz a cabine de incubação do mecânico Jim parar de funcionar e acordá-lo nada mais, nada menos, do que 90 anos antes do previsto.
A vida solitária dele começa a afetá-lo, ainda que todo o aparato tecnológico que a nave possui lhe conceda conforto ao extremo. Durante mais de um ano de tentativas frustradas em tentar “se salvar” voltando para a incubação e tendo apenas um robô com aparência humana como seu amigo, Jim encontra uma saída arriscada e um tanto egoísta, para amenizar seus próximos anos sozinho: acordar a bela escritora Aurora, e manter esse segredo escondido dela.
O inevitável romance dos dois em meio às dificuldades de viver à margem da sociedade e sem nenhuma perspectiva de vida fora da nave é a essência desse filme, que faz pensar sobre como o ser humano não é nada sozinho, ainda mais na imensidão no nosso espaço. Chris Pratt e Jennifer Lawrence são suficientes para abrilhantar o longa, com todos os seus gestos e ações expressivos no momento de desespero e pitada de comédia que deixa o filme mais leve de ser assistido.
Depois desse trailer, diga se o nosso filme pipoca de hoje não merece um crédito de todos os “vale a pena assistir” do mundo, hm?!
Commentaires